TURMA 8º AFAC

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A nossa turma

quinta-feira, 5 de junho de 2014

OS SANTOS POPULARES

  Os Santos Populares são épocas festivas cheias de cor, música e enfeites, que acontecem no mês de Junho, entre os dias 12 e 29.

   Santo António, São Pedro e São João, são os três santos mais festejados por todo o Portugal:  As noites que antecedem estas festividades são marcadas pelas marchas, pelos trajes, fogueiras, música, manjericos e muita alegria.

Escolhi este tema por ser alegre, pois considero que, neste momento, todos nós precisamos de pessoas, à nossa volta, felizes e cheias de cores. Este tema é ainda muito importante para mim, devido à simbologia, à celebração, à crença num Santo, como para mim é o Santo António, o protetor dos pobres e necessitados. Acredito que quando cremos em algo superior a nós, com quem podemos por vezes, dialogar, mesmo não estando a ver a pessoa, esta crença pode ajudar- nos a ultrapassar alguns obstáculos.
  


Um Pouco da História….

 Santo António nasceu em Lisboa, por volta de 1195. Em 1210, pediu ingresso no Mosteiro de São Vicente de Fora, dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho. Em 1220, transferiu-se para a Ordem dos Frades Menores, com o nome de António (Santo Antão, em latim Antonius, padroeiro do convento dos frades de Coimbra, onde ingressou).

   Em 1222, foi ordenado sacerdote, demonstrando ser um lutador contra as injustiças, desordens sociais, exploração dos pobres e a má influência de certos tipos de vida de alguns setores do clero.

   A palavra de Santo António foi ganhando nome, por fazer milagres contra as injustiças. Consta que morreu a 13 de junho com apenas 36 anos de idade e foi canonizado recebendo o título de Doutor da Igreja.No entanto, ficou mais conhecido como santo casamenteiro, porque -diz a lenda que envolve partes de sua vida - que, quando ainda era um estudante no mosteiro em Portugal, protegia as moças pobres que não tinham dinheiro para o dote. Saía à rua pedindo esmolas, que eram dadas às famílias dessas moças e se convertiam no dote, que lhes garantiria o casamento.

   Segundo Gilberto Freire, a escassez de portugueses na colónia, sublinhou o valor do casamento ou mesmo da procriação (com ou sem o casamento), o que tornou populares os santos padroeiros do amor, da fertilidade e das uniões.



Os Dias dos Santos POPULARES

“Santo António a treze de Junho (13.06)
Com marchas de encantar,
A vinte e quatro (24.06) o S. João
A vinte e nove S. Pedro (29.06) a terminar.”


Santo António nas ruas de Lisboa…
  A cidade de Lisboa festeja o seu santo padroeiro, todos os anos, durante o mês de Junho. A tradição do Santo António está associado a cerimónias de fertilidade e por isso é tradição os jovens queimarem alcachofras para saber do futuro dos seus amores e pedirem a sua protecção.

  Dada esta fama de santo protector dos pobres e também, pelo facto de ser casamenteiro, os poderes públicos instituíram, a partir dos anos 50, a tradição das Noivas de Santo António. Mas, o momento alto das Festas de Santo António são as Marchas Populares, que representam os diversos bairros lisboetas. Este acontecimento leva milhares de pessoas à Avenida da Liberdade.



  A festa termina com os arraiais que são organizados nos mais típicos bairros de Lisboa, em especial em Alfama e na Madragoa, onde o centro das celebrações é a sardinha assada e a sangria. Nestes bairros, como Graça, Alfama, Madragoa, a zona da Sé Lisboa enchem-se de pessoas até de madrugada, pois existem “barraquinhas” situadas nas ruas com bebidas, comidas e doces à venda, pela noite dentro.

  Em todas as ruas ouvem-se vários tipos de música, desde fados, a músicas populares, música pimba e eletro music, e as pessoas podem escolher o espaço onde preferem estar. Como na grande maioria das festas, a presença dos jovens é massiva!  Desde os 16 aos 25 anos de idade, todos dançam, e por existir uma faixa etária muito jovem os excessos cometidos acontecem devido à irresponsabilidade.

  Apesar da euforia da festa, alegria, os comerciantes aproveitam-se para inflacionar os preços dos alimentos, tornando tudo muito mais dispendioso, como por exemplo uma bifana que pode custar 3€, Bebidas de copo entre 1,50€/2€ e um pão com sardinha a 1,50€/2€. Para além destes alimentos, existe ainda o caldo verde e o chouriço assado.

O que traz todo este movimento…

  As festas são sempre bonitas. Contudo, todas as que acontecem nas ruas, trazem muita poluição, provocada pelos copos de plástico, pratos de plástico, vidros, beatas, entre outras coisas que vão ficando espalhadas pelo chão até a festa terminar. 

  Importa referir que não existem WC´s suficientes e os que existem são portáteis. Na sua maioria encontram-se pouco asseadas. Nestes dias de férias, para além da poluição dos objetos espalhados pela rua, existe a poluição sonora provocada por vários estilos de música difundida num volume exageradamente elevado. Por vezes, não é possível distinguir  as músicas devido à pouca distância entre barraquinhas.

  Ainda existem os bailes populares, sendo o mais conhecido o do Largo do Chafariz de Dentro em Alfama, que tem sempre uma banda pimba a tocar ao vivo para as pessoas, existindo à volta roulottes com farturas, bifanas, bebidas com e sem álcool e a tradicional sardinha na brasa.

  Assim, é sempre necessário, ao início da manhã, a Câmara Municipal de Lisboa reunir vários colaboradores para limparem todas as ruas de Lisboa. Como em todas as festas- e esta não poderia ser uma exceção - existem muitos excessos! São visíveis na rua inúmeras pessoas com excesso de álcool, com suspeitas de consumo de substâncias ilícitas, entre outras coisas. Face a isto, as ambulâncias do INEM socorrem inúmeras pessoas nessa noite, havendo um alarido e rodopio ao longo da noite.


Trabalho feito por Tânia Matos

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